segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A vida em Quintana - Juliana Chaves Eloy

A Vida em Quintana
por Juliana Chaves Eloy
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Se pensarmos nossas vidas sob aspectos multifocais evolutivos, podemos ver que “as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar, um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento…” As palavras de Quintana soam com força e cheiram verdade. Uma verdade que nem todos conseguem perceber, nem todos conseguem compreender. O sutil limiar entre a razão e a loucura, entre a verdade e a mentira, entre a realidade e a utopia, entre o sonho e o poder de realizar, entre o bem e o mal, entre o bom e o ruim, entre a vida e a morte é tão tênue que não conseguimos perceber com clareza quando ultrapassamos os limites da tolerância e do respeito humano. Vivemos uma vida tão efêmera, mas tão permanente que não sei se existe o fim ou se vivemos em um universo infinito, onde é impossível saber o que é começo e o que é fim. Talvez não exista mesmo! Sei sim, que esse momento, será esse momento por toda eternidade em uma rede de possibilidades múltiplas e variadas que dependem apenas da nossa energia e fé para decidirmos em qual das realidades experimentaremos a vida. Por isso as nossas escolhas são tão importantes. Somos nós que definimos o nosso próprio destino. Somos nós os únicos responsáveis por tudo o que acontece em nossas vidas. Cremos em Deus e sabemos que Ele quer o melhor para todos nós. Ele nos deu o livre arbítrio para que possamos fazer nossas escolhas. E Ele é a energia e a fé de que precisamos para fazermos as melhores escolhas e não as escolhas certas. Porque cada um faz o que é melhor para si mesmo e cada um tem o seu tempo, eu tenho o meu tempo, você tem o seu tempo e todo mundo em sua individualidade tem o seu tempo. É assim esse universo de possibilidades, cheio de mistério, de curiosidades, de interrogações e admirações. O incrível de tudo isso é saber que sempre temos uma nova chance de mudar o que não está bom, de recomeçar se houver um fim, de levantar se cairmos, de reconquistar se perdermos, de ter esperança quando tudo parece caminhar para a destruição, do caos pode nascer a solução e a consciência humana. E porque tantas pessoas resistem a mudanças? Lembre-se de que sempre que passamos por um rio nunca encontramos as mesmas águas. Assim é a nossa vida e por mais que queiramos não conseguiremos manter tudo como o eterno antes. Mudamos a cada segundo, minuto, hora, ano, década, centenário,... O importante é manter uma interação saudável, amorosa e ética com o universo e com as pessoas que nele vivem. Se você pode conversar, para que brigar? Se você pode ouvir, para que falar? Fale no seu tempo e ouça no seu tempo. Emita palavras de amor e não de desamor. Realize sem medo de errar. Se errar, tente novamente. Se magoar, peça perdão. Se alguém fez algo por ti, agradeça. Se você quer passar, peça licença. Aceite as diferenças. Respeite o outro. Ame-se. Admire a natureza. Encontre-se com Deus, ele mora em você. Aja com amor. Seja benevolente. Cumpra seus deveres e respeite os direitos de todos. Saiba que viver é uma arte, é a arte de se adaptar, de mudar, de construir e de amar. Comece agora e não seja resistente às mudanças. Não quero mudar você, apenas fazer com que desperte a sua consciência sobre a necessidade de mudança do seu próprio mundo e da vida ao seu redor. Existe uma rede infinita de possibilidades e o resultado só depende de você.

Um abraço!

domingo, 6 de julho de 2008

Refletir faz bem para alma e para o coração

O cantinho vazio
por Juliana Chaves Eloy

Por que há sempre um cantinho vazio em nós? Acho que ninguém pode estar totalmente satisfeito porque o maior prazer da vida é a busca, a caça, a conquista. É um instinto insaciável que conduz e motiva o homem a um estado de vontade e de superação. O pequeno vazio o faz querer sempre mais e mais e o torna vulnerável aos desejos. E enquanto esse instinto o guiar ele se sentirá satisfeito e em pleno poder de vencer.

A questão é: não é fácil aceitar o pequeno vazio como parte da vida. Sei que o mundo não é uma casinha de boneca, nem um mundinho perfeito e que a felicidade plena esperada por tantos não existe e, talvez, nem deva existir mesmo. Compreender o espírito humano vai além de nossa capacidade e de nossas convicções. Muitas vezes não consigo entender os motivos do outro, mas quando analiso os meus próprios motivos também questiono: será que o outro me entende? E percebi que a felicidade é constituída por pequenas coisas somadas a momentos importantes, diferentes, únicos, poéticos, musicais, românticos, de valor espiritual, sentimental ou racional. São momentos de alegria e preenchimento momentâneo do cantinho vazio, como se plantássemos uma rosa e ela fosse murchando e perdendo o brilho... e então regássemos novamente com amor, carinho, respeito, confiança e criatividade.

É um pôr-do-sol, o vento suave no rosto, um dia nublado, o barulho da chuva e das ondas do mar, um desenho no vidro embaçado, ver bichinhos nas nuvens do céu, se embrenhar nos matos para caçar ou pescar. É estar com quem você ama e ser amado. É sonhar com o sorriso do filho que ainda não tenho e a sabedoria que um dia eu terei. É ler sempre um bom livro, ver um bom filme e ouvir a voz de Deus. E mesmo assim, o cantinho vazio ainda está ali. É pequeno, mas ele existe. Tudo isso se aproxima da verdadeira felicidade. E tem pessoas que têm e não percebem.

Você já pensou que as pessoas mais infelizes são aquelas que podem ter quase tudo na vida? E já percebeu que só damos valor à felicidade quando ela nos falta? Esse cantinho vazio tem um motivo para existir e a rosa que regamos não pode ser comprada ou substituída a qualquer momento. Se Deus existe, existe para preencher algo. A vida existe porque existe a morte, o amor existe porque existe o ódio, a paz existe porque existe a guerra... e um é tão importante quanto o outro. Mas nós escolhemos o caminho a seguir e decidimos como preencher o nosso cantinho vazio, se com luz ou com escuridão.

Um abraço!

Colecionando Mundos

Fotografias de Juliana Chaves

Barra do Paraguaçu e Salinas da Margarida - Bahia/Brasil em 20 e 21/04/2008

Deus é maravilhooosoo!





Um abraço, e até a próxima!!

Fotografias


Fotografias de Juliana Chaves
Fotos tiradas em Dez. 2007 e Jan. 2008
Praia da Ponta do Garcês - Jaguaripe - Bahia - Brasil
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"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."
Aristóteles
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Fotos tiradas em Dez. de 2007, Ponta do Curral - Bahia - Brasil




Na nossa vida há uma única cor, como na paleta de um artista que provê o significado de vida e arte. É a cor de amor." - Marc Chagal

Até a próxima!!